tag:blogger.com,1999:blog-72493283117538752332024-03-13T23:38:51.178-07:00Comunicação, arte e mídia digitalBlog da disciplina Comunicação, arte e meios digitais. Propõe-se discutir questões sobre os modos como os meios de comunicação de massa e meios digitais repropõem a questão da comunicação e das artes, novos modos de produção e consumo de imagens, a história da mediatização de obras artísticas ou da mediatização como base de produção de obras coletivas, o impacto dos contextos sociais, políticos, institucionais, urbanos na produção artística e na construção de produtos mediáticos.Raquel Rennohttp://www.blogger.com/profile/01965765144869974722noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-7249328311753875233.post-3563804417917697542009-09-29T11:59:00.000-07:002009-09-29T13:16:50.928-07:00Novo BlogOlá,<br />Este blog migrou para <a href="http://www.raquelrenno.com/Usotopico/usotopico.html">http://www.raquelrenno.com/Usotopico/usotopico.html</a><br /><br />Nos vemos lá!<br /><br />RaquelRaquel Rennohttp://www.blogger.com/profile/01965765144869974722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7249328311753875233.post-29505926314428048272009-04-13T13:45:00.000-07:002009-09-27T10:53:52.342-07:00Biomedia - algumas reflexões<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Segundo Flusser, possuímos uma memória genética e cultural e existe no homem uma constante busca de transmissão e principalmente preservação dessas memórias, o que contraria como se sabe a tendência a entropia (segunda lei da termodinâmica que fala da tendência dos corpos em dispersarem energia). Desse modo, os seres vivos vivem constante relação, mas culturalmente também em oposição à natureza física ou mesmo biológica. Desse modo, o homem pode ser considerado antibiológico e esse paradoxo é tema de constantes discussões.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Até então a memória genética interferia diretamente na cultural, mas o oposto não era necessariamente verdadeiro; vislumbra-se com a biotecnologia uma possibilidade de alteração dessa relação, onde a cultura pode vir a interferir no genético/biológico; isso coloca questões artísticas em novos campos. Ainda segundo Flusser, a memória genética é durável mas pouco confiável (sujeita a mutações e evoluções, o que não deixa de ser uma forma de abertura do código de informação); a memória cultural é pouco durável e pouco confiável, isto é, sujeita a esquecimento e deformação. Nisso as novas tecnologias podem representar um passo decisivo em direção ao desenvolvimento de suportes mais duráveis e mais confiáveis. Dentro dessa idéia podemos adicionar o pensamento de Stelarc quando ele diz que o corpo é obsoleto:<br /><blockquote></blockquote><blockquote><span style="font-size:78%;">“ É hora de questionarmos se um corpo bípede que respira com visão binocular e um cérebro de 1400 cc é uma forma biológica adequada (...) não se trata mais de uma questão de perpetuar a espécie humana por meio da reprodução, mas de melhorar o indivíduo por meio de seu redesenho. Só após a tomada de consciência de sua obsolescência permitirá</span><span style=";font-size:78%;" > </span><span style="font-size:78%;">a estruturação de estratégias pós-evolutivas.” (tradução livre a partir do original em “prostetics, robotics, remote existence: postevolutionnary strategies” In: Leonardo, vol.24, n.5, 1991)</span></blockquote><o:p></o:p></span></span><p></p> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Para Stelarc, a arte passa a ser o principio básico da evolução. Dessa forma, imediatamente se coloca a pergunta sobre o que se quer dizer com arte atualmente – Stelarc coloca em discussão o futuro da arte ao colocar a “arte como o futuro.”</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Fragmento da apresentação de Stelarc no evento Mutamorphosis em Praga, 2007</span></span><br /></div><br /><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_pu-i0sXcWo&hl=es&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/_pu-i0sXcWo&hl=es&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object><br /><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote>Raquel Rennohttp://www.blogger.com/profile/01965765144869974722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7249328311753875233.post-88057824480718075302009-04-13T08:13:00.000-07:002009-04-13T14:11:57.813-07:00Espaço urbano como meio criativo<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">A obra de Cortázar sempre está cheia de recortes e conexões expostas de séries culturais tão distintas como o folhetim, a literatura, o jogo. E, como bem sabia o autor, não há lugar mais privilegiado para vivenciar intensamente estes encontros que o espaço urbano. O ato de caminhar inclui o tempo como elemento que permite estas junções constantes. É possível compreender o espaço urbano como um meio altamente complexo, que inclui em si outros meios e exige do transeunte uma reorganização constante do aparato cognitivo. As mensagens fragmentadas que aparecem ali não são exatamente superficiais porque dada sua intensidade, imediatamente se conectam a outros fragmentos. Uma produção residual constante que se recodifica em novos sistemas.</span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">David Tomas (Esthétique des arts médiatiques, ed. Louise Poissant. Québec: Presses del’Université du Québec, 2003) analisa as relações entre sistemas de comunicação e transporte, algo que segundo ele foi proposto por Vertov em Um homem e uma câmera, mas que atualmente com a segmentação das tecnologias e sua reorganização sob linhas históricas paralelas tende a se perder. Como exemplo ele cita a visão inédita que o viajante começou a ter quando se construiu a primeira locomotiva, ao ver a paisagem em velocidade enquadrada pela janela, a vibração do vagão (que causava distintas impressões tanto para quem viaja dentro do trem quanto para quem o via de fora), algo que se conecta diretamente com uma invenção da mesma época: a fotografia (e, logo depois, o cinema).</span></span><br /></div></div><span style="font-size:85%;"><br /><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/JDfYG0BIsjA&hl=es&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/JDfYG0BIsjA&hl=es&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E uma análise mais específica sobre os muros de lambe-lambe na cidade de Paris:</span></span><br /><br /><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/KOPPaoZMFfY&hl=es&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/KOPPaoZMFfY&hl=es&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Raquel Rennohttp://www.blogger.com/profile/01965765144869974722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7249328311753875233.post-9150135531580329412009-04-12T13:04:00.001-07:002009-06-09T10:44:59.331-07:00Obras em ferrofluid de Sachiko Kodama<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">As séries de obras da artista japonesa </span></span><span style=";font-family:Geneva,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" ><span style="font-size:85%;"><a href="http://www.kodama.hc.uec.ac.jp/index-e.html">Sachiko Kodama</a> , desenvolvidas com <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Ferrofluid">ferrofluid</a> (um tipo de material líquido com nanopartículas metálicas desenvolvido originalmente pela NASA) e um campo eletromagnético organizado em distintas estruturas, são projetos exemplares dos limites pouco definidos do que se pode chamar de arte, ciência e tecnologia, tendo sido selecionadas por exposições de arte contemporânea e digital e classificadas de esculturas fluídas, arquitetura líquida ou 4D (que incluiria o fator tempo) e que podem também interagir com um banco de dados sonoro no caso de Morpho Towers:</span></span><br /></div><span style=";font-family:Geneva,Arial,Helvetica,sans-serif;font-size:100%;" ><span style="font-size:85%;"><br /><object width="580" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/me5Zzm2TXh4&hl=es&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/me5Zzm2TXh4&hl=es&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object width="580" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/fAbycqD2UmQ&hl=es&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/fAbycqD2UmQ&hl=es&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /></span></span>Raquel Rennohttp://www.blogger.com/profile/01965765144869974722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7249328311753875233.post-57849203186859131562009-04-11T12:19:00.000-07:002009-04-12T13:33:07.772-07:00Alejo Carpentier e o conceito de mestiçagem<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Confundir o acesso aos suportes de tecnologia de ponta com a capacidade de criação nos meios digitais pode levar a uma análise equivocada das possibilidades e caminhos abertos em distintos contextos socioeconômicos e geográficos, opondo as noções de "centro" e "periferia", de "cultura erudita" e "cultura popular" que não dão conta das relações que ocorrem atualmente no âmbito da comunicação e arte nos meios digitais.</span></span><br /></div><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">O escritor Alejo Carpentier em entrevista para a TVE nos fala do conceito de mestiçagem usando exemplos na arquitetura e literatura e relacionando a história da civilização com a idéia de cruzamentos e convergências (não sem conflitos) que são responsáveis pela geração de uma cultura complexa que permite compreender o contexto dos meios digitais de modo mais amplo.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Parte da entrevista pode ser vista <span style="text-decoration: underline;">aqui:<br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;"> <object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/fDER4JgWX3g&hl=es&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/fDER4JgWX3g&hl=es&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />O download da entrevista completa (1h30min de duração) pode ser feito através do blog <a href="http://apirronarse.com.ar/alejo-carpentier/">Apirronarse</a>.</span></span></span>Raquel Rennohttp://www.blogger.com/profile/01965765144869974722noreply@blogger.com0